Em um post nas redes sociais, Coelho relatou que, nos últimos 12 anos, a CMB contraiu empréstimos que totalizam mais de 200 mil contos. Ele enfatizou que, ao assumir a presidência da Câmara em 2012, a dívida era de apenas 8.160.746 escudos, um valor que poderia ter sido liquidado com a cobrança do Imposto Único de Património (IUP). No entanto, actualmente, a dívida registrada na Conta Gerência atinge 119 milhões de escudos, além dos 50 milhões recentemente emprestados, que não constam nos registros oficiais.

O deputado manifestou que a gestão actual tem se baseado em promessas vazias e marketing enganoso, caracterizando-a como um “gigante com pés de barro”. Ele desafiou a administração municipal a explicar para onde foi todo o dinheiro dos empréstimos, questionando a eficácia das poucas obras realizadas até o momento.

“Os bravenses têm o direito de perguntar: Onde está todo esse dinheiro? As obras justificam a dívida? Por que foram feitos tantos empréstimos em um curto espaço de tempo?” afirmou Coelho, apontando que, em menos de 15 meses, a CMB já havia feito dois empréstimos significativos, totalizando 170 milhões de escudos.

Em particular, o deputado destacou a questão da construção de uma placa no Palhal, que, segundo ele, deveria ter sido financiada pelo ministro do desporto em 2020. O orçamento inicial da obra era de 8 milhões de escudos, mas o valor final da execução foi alegadamente de 18 milhões, levantando suspeitas sobre a transparência na contratação da empresa responsável pela obra.

A situação gerou um intenso debate entre os cidadãos bravenses, que têm expressado suas preocupações nas redes sociais. Muitos têm defendido que a Câmara Municipal deve prestar contas detalhadas sobre suas finanças e a aplicação dos recursos públicos, pedindo maior clareza e responsabilidade na gestão municipal.

Coelho concluiu seu apelo, ressaltando a importância da liberdade de expressão e do direito à informação em uma democracia. “Os bravenses merecem saber a verdade sobre a gestão da sua Câmara. É nosso dever, como cidadãos, exigir transparência e responsabilidade”, declarou.

Diante desse cenário crítico, a comunidade local se vê em um momento decisivo, em que a pressão por uma gestão financeira mais responsável e transparente nunca foi tão necessária. Enquanto a Câmara Municipal da Brava enfrenta essas questões, a população aguarda respostas e soluções para os problemas que afetam diretamente sua qualidade de vida.

MS