Cidade da Praia, 19 Out (Inforpress) – O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde avançou hoje que a comemoração do Dia Nacional do Voluntário foi pensada para que os humanitários possam reflectir sobre a história, pensar no presente e projectar acções para futuro.

Arlindo de Carvalho falava no âmbito da abertura do II Fórum Nacional da Juventude, que acontece hoje e domingo, 20, na cidade da Praia, este ano sob o lema “Manter viva a humanidade: o poder transformador da juventude”.

O presidente da Cruz Vermelha destacou o poder e a força da juventude na sociedade cabo-verdiana, explicando que foram criadas as condições institucionais e normativas capazes de emergir líderes da juventude, ao nível dos conselhos locais, e uma voz representante da juventude Cruz Vermelha ao nível nacional.

A data, que resulta da integração da instituição como filial da Federação internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, no dia 20 de Outubro de 1985, marca, segundo Arlindo de Carvalho, a existência de uma sociedade nacional nas ilhas e o quadro do exercício do voluntariado com base nos princípios fundamentais, tendo como missão defender a vida, proteger a dignidade e ajudar as instituições.

Este segundo fórum, adiantou, proporciona aos jovens, debates com especialistas e protagonistas humanitários sobre questões da política da juventude, debruçando-se em aspectos fundamentais da juventude como novas tecnologias, a necessidade do reforço de acção no quadro da cidadania activa e oportunidade para desenvolver projectos empreendedores.

O lema escolhido pela federação espelha, disse, a situação crítica pelo que atravessa a humanidade, clamando a união de todos amantes da paz e boas causas em torno desta realidade, e do poder empoderador e de mudança desta camada social.

Arlindo de Carvalho assegurou ainda que em tempos de crise torna-se difícil mobilizar recursos, pelo que a Cruz Vermelha tem estado a “fazer uma engenharia inteligente” convencendo os parceiros “que vale a pena investir nas causas humanitárias”.

A Cruz Vermelha funciona, neste momento, com 1.500 voluntários activos, distribuídos em categorias como quotidianas, reservas, categoria de membros honorários e os voluntários especializados em termos de investigação científica, produção de projectos, leis de mobilização de recursos.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, disse que o Governo tem acompanhado com atenção e interesse a evolução da Cruz Vermelha pelas suas acções nas ilhas e no prestígio que tem a nível da sub-região africana e em outros países internacionais.

O espírito voluntário está na origem da construção da nação cabo-verdiana, disse, acrescentando ser um espírito que ficou patente durante o período colonial, com situações de secas e fome, onde foi importante para acudir os que mais precisavam.

“Este espírito voluntário foi também importante para o processo que conduziu à independência de Cabo Verde em 1975 e à própria democratização do País em 1991, temos aqui algo que vem de longe”, continuou.

O ponto alto do fórum acontece domingo, 20, Dia Nacional do Voluntariado da Cruz Vermelha de Cabo Verde, com a eleição dos representantes juvenis, locais e nacionais, da Instituição, com a delegação também dos dois vice-presidentes.

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