"Não posso avançar a causa do óbito", ocorrido na noite de quinta-feira, enquanto não for realizada a autópsia e um inquérito interno, já em curso, afirmou a diretora clínica, Nair Santos, em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV).

"A criança está estável”, mas, quanto à mãe “infelizmente aconteceu o que nós não gostamos. Estamos preparados para salvar vidas e aconteceu o inesperado", referiu a diretora da unidade na cidade do Mindelo.

Os familiares acusam o hospital de negligência, referindo que a grávida deu entrada no hospital, no domingo, alegando não ter forças para um parto normal.

Lara Fortes, a irmã, disse que Rilda Teotónio "não teve um bom tratamento, nem em tempo útil, afirmando que pediu uma cesariana, teve “crises de ansiedade” e “a enfermeira disse que não iam fazer nada”, porque, senão, algo inesperado podia acontecer.

“Ela estava cheia de dores e gritava muito", relatou.

A administração do HBS foi substituída em maio de 2023, após a morte de sete recém-nascidos prematuros naquela unidade, com um inquérito a apontar para uma infeção bacteriana como causa provável e a assinalar que a assistência não foi além de uma avaliação “satisfatória”, recomendando várias melhorias.

Nas últimas semanas, outros dois casos suscitaram atenção, noutra unidade de Cabo Verde.

O Hospital Agotinho Neto, na Praia, capital, está a investigar a morte durante o parto de uma grávida de 38 semanas, bem como o caso do corpo de um bebé, enterrado sem conhecimento dos pais, juntamente com tecidos humanos descartados em intervenções hospitalares, como amputações.

O Ministério da Saúde garantiu que os resultados dos inquéritos serão tornados públicos, enquanto o Presidente da República sugeriu a realização de uma auditoria mais abrangente, a todos os serviços de saúde do país.